Martín Palermo (La Plata, 7 de novembro de 1973), é um futebolista argentino que atua como atacante.
Atualmente, joga pelo Boca Juniors.
Apelidado de El Loco, ele também atuou na Argentina pelo Estudiantes de La Plata bem como na
Espanha pelos clubes Villarreal, Real Betis e Deportivo La Coruña. Mas é com o Boca Juniors que ele mais se identificou: é
o maior goleador da equipe. Ao todo, o atacante marcou 221 gols com a camisa do time argentino, superando o recorde que pertencia
a Roberto Cherro. A marca foi alcançada no dia 12 de abril de 2010, com os dois gols que fez na goleada de 4 a 0 do Boca Juniors
sobre o Arsenal, no estádio La Bombonera, Martín Palermo chegou a 220 gols com a camisa do clube, superando assim a marca
que Cherro mantinha desde 1938 (218 gols).
Palermo estreou na Primera División Argentina aos 19 anos, em 5 de julho de 1992, no empate sem gols
entre San Lorenzo e Estudiantes. Ele demorou até afirmar-se na equipe titular; tanto que seu primeiro gol em sua carreira
profissional saiu em 22 de maio de 1993, aos 20 minutos do jogo em que o Estudiantes venceu por 3 a 0 o clube San Martín de
Tucumán.
A equipe tucumana voltaria a cruzar-se em seu caminho pouco tempo depois. Com o Estudiantes recém ascendido,
em 1995, Palermo não figurava nos planos do diretor técnico Miguel Ángel Russo e aceitou ser cedido por empréstimo ao San
Martín de Tucumán para jogar na Segunda Divisão Argentina. Por uma diferença econômica entre os clubes, frustrou a tentativa
do passe e Palermo manteve-se no Estudiantes.
Após esse episódio, a comissão técnica apresentou uma renúncia múltipla e o novo técnico seria Daniel
Córdoba. Palermo teve sua oportunidade e não a desaproveitou. Em menos de um ano, se converteu em figurar como o goleador
da equipe, com atuações destacadas e gols frente aos grandes clubes do futebol argentino.
Em sua passagem pelo Estudiantes, Palermo disputou 90 partidas da Primera División Argentina, marcando
34 gols.
Na metade de 1997, o Club Atlético Boca Juniors se interessou por seu passe. Foi assim que Palermo
chegou ao clube juntamente com os irmãos Barros Schelotto, os gêmeos Guillermo e Gustavo. Eles haviam sido pedidos insistentemente
por Diego Armando Maradona, que jogava suas últimos partidas antes de retirar-se do futebol profissional em outubro desse
ano.
Palermo se fixou prontamente com uma posição na equipe titular; apesar disso, suas atuações não foram
convincentes. Participou do Torneio Apertura de 1997 e fez valer a sua "potência goleadora" e contribuiu ao vice-campeonato
conseguido pelo Boca.
Em 1998, com a chegada de Carlos Bianchi, a direção técnica dos Xeneizes, formou uma efetiva dupla
com Guillermo Barros Schelotto que contribuiu decisivamente a conquista do Torneio Apertura. Nesse campeonato, Palermo se
consagrou como goleador com 20 gols, recorde em torneios curtos. Em 1999, o Boca repetiu o título no Clausura.
No meio da disputa do Torneio Apertura desse mesmo ano, o Boca visitou o Colón de Santa Fe e Palermo
sofreu uma ruptura de ligamentos cruzados do joelho direito. Seu gol naquela partida, que marcou a lesão, foi seu gol número
100 na Primera División. A recuperação demorou mais de seis meses e sua volta se produziu em um importante momento por volta
das quartas-de-final da Copa Libertadores da América do ano 2000. O rival do Boca era o River Plate e Palermo, que ainda não
se havia recuperado a sua melhor forma física, marcou o último gol no 3 a 0, no jogo disputado na Bombonera.
Se bem que sua participação na Copa Libertadores que o Boca venceu em 2000 foi escassa, sua presença
foi decisiva para a obtenção da Copa Intercontinental desse mesmo ano. Esse dia, Palermo marcou dois gols nos primeros minutos
da partida, que o Boca venceu do Real Madrid por 2 a 1, onde ele conquistou o prêmio de melhor jogador na final. Após a volta
do Japão, Palermo contribuiu com outro gol para a consagração do Boca como ganhador do Torneio Apertura.
Ao finalizar o ano 2000, Martín Palermo foi transferido ao clube espanhol Villarreal. No "Submarino
Amarelo", alternou boas e más atuações. Se bem que seguiu marcando com regularidade mas não brilhou tanto como no Boca, e
sofreu uma grave lesão após quebrar a sua perna em um muro quando estava comemorando o gol com os torcedores, resultou em
outra demorada recuperação. Finalmente, ao não estar nos planos do treinador Benito Floro, foi transferido ao Betis em agosto
de 2003. No clube do Betis, jogou muito pouco e marcou apenas um gol.
Nos meados de 2004, Palermo regressou à Argentina para jogar no Boca Juniors.
Acabou sendo expulso em sua partida de volta ao clube (frente ao Lanús),
onde voltou a contar com uma posição como titular e, com tempo, voltou a marcar gols. A equipe fracassou no Apertura, porém
obteve a Copa Sul-americana. No primeiro semestre de 2005, não foi positivo para a equipe nem para Palermo, que veio a perder sua posição com o técnico Jorge Chino Benítez, porém com a chegada de Alfio
Basile, el Loco voltou a ser titular. Apesar de haver superado os 30 anos, e não estar com
o físico 100%, Palermo seguiu marcando gols e converteu-se em um dos principais goleadores da história do clube.
No dia 24 de agosto de 2008, em uma partida contra o Club Atlético Lanús pelo Torneio Apertura 2008,
Martín Palermo voltou a romper os ligamentos internos e cruzados do joelho direito (o mesmo que havia lesionado em 1999) em
uma jogada desaportunada.
No dia 30 de abril de 2009, em partida válida pela Copa Libertadores contra o Deportivo Táchira, Palermo
faz 2 gols, chegando a marca de 200 gols com a camisa do Boca Juniors.
No dia 4 de Outubro de 2009,em partida contra o Vélez Sarsfield, Martín Palermo faz gol de cabeça aos
38,9 Metros do gol, entrando para o Livro dos Recordes.
No dia 12 de abril de 2010, Palermo marcou dois tentos na vitória de 4 a 0 do Boca sobre o Arsenal
e se tornou o maior artilheiro da história do Boca Juniors, deixando para trás o então recordista Roberto Cherro (1906-1965),
que por sua vez, fez 218 gols entre as temporadas de 1926 e 1938. Palermo atingiu a marca de 220 gols com a camisa do clube
xeneize em nove temporadas no clube (1997-2000 e 2004-2010).
Palermo estreou por uma Seleção com a Seleção Argentina durante a Copa América em 1999. Ele marcou
3 gols em 7 partidas. Apesar disso, ele possui um recorde negativo e está no Livro dos Recordes, por perder três pênaltis
em uma mesma partida, em um jogo contra a Colômbia. Depois de quase 10 anos de ausência na seleção nacional argentina, ele
voltou a ser convocado por Diego Maradona em 1º de setembro de 2009 para disputar os jogos contra Paraguai, Peru e Uruguai
pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. No dia 30 de Setembro de 2009 ele jogou um amistoso contra
Gana onde marcou dois gols que resultou na vitória para a seleção argentina se preparar para os jogos contra o Peru e Uruguai.
No dia 10 de Outubro do mesmo ano, fez um gol aos 46 minutos do 2º tempo e manteve a Argentina viva na briga pela vaga
na Copa do Mundo de 2010, sendo reverenciado pelos jornais locais como: Palermo "O santo!" No dia 26 de Novembro de 2009 ele
foi convocado por Diego Maradona para um amistoso contra a Catalunha no dia 22/12/2009. No dia 11 de Maio de 2010 é convocado
para a Copa do Mundo da África do Sul por Diego Maradona, que deixou de fora os experientes Javier Zanetti e Esteban Cambiasso.