Miroslav Klose (Opole, 9 de Junho de 1978) é um futebolista polonês naturalizado alemão, tendo
origens alemães por parte de pai. Seu nome original, em polonês, é Mirosław Marian Kloze. Atualmente, joga pelo
Bayern München.
Em 1981, a família de Klose escapou da ditadura comunista na Polônia, movendo primeiro para França,
logo depois em 1987, para Kusel. O pai, tendo ascendência alemã, conseguiu entrar facilmente na então Alemanha Ocidental com
sua família por ser considerado um Aussiedler (alemão étnico de outro país).
O pai de Klose foi um jogador polaco que jogou na equipe francesa do Auxerre. A vida de Klose parecia
encaminhada a partir do seu nascimento. No entanto, só começou a formar-se como jogador bastante tarde, já que não começaria
a jogar futebol em nenhuma equipe até aos nove anos, altura em que ingressou no Blaubach-Diedelkopf, de uma localidade próxima
de Kaiserslautern, para onde fazia pouco tempo que toda a sua família tinha se mudado.
O atacante não viveu uma carreira fulgurante, sem grande destaque, e aos vinte e dois anos continuava
na terceira divisão, no modesto Homburg. Foi então que uma mudança no seu destino fez com que o Kaiserslautern - do qual era
torcedor -, se interssasse por ele e o contratasse.
Apenas um ano depois da sua chegada ao clube, o treinador Otto Rehhagel viu nele qualidades interessantes
e decidiu inclui-lo no elenco principal. A sua estreia ocorreu em 2000, e logo chegaria o seu primeiro gol, contra o Werder
Bremen.
Dois anos após ter feito uma boa Copa do Mundo de 2002, a sua carreira estava em recessão, até que
apareceu em cena, curiosamente, o próprio Werder Bremen. Após a conquista da Bundesliga, o clube perdera o seu goleador,
o brasileiro Aílton, e decidiu que Klose seria o ponta-de-lança do seu projeto.
Apesar das numerosas lesões que sofreu na sua chegada ao Weserstadion, Klose tornou-se um dos principais
jogadores da equipe. Na primeira temporada, marcou 15 vezes. O salto de qualidade ainda estaria por vir: na temporada seguinte,
a de 2005/2006, ressurgiu para o futebol ao ser artilheiro do campeonato, com 25 gols em 26 jogos, garantindo vaga no elenco
da Seleção Alemã que foi à Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha, ao fim da temporada.
As boas impressões só aumentaram após nova bela Copa, despertando interesses de clubes maiores. Klose,
entretanto, ainda ficaria mais uma temporada em Bremen, deixando o clube para assinar com o mais poderoso clube do país, o
Bayern München. Um dos fatores de sua saída teriam sido desavenças com o colega Torsten Frings.
Seu debute pelo clube bávaro foi justamente contra o Werder, pela Copa da Liga Alemã de 2007, com seu
ex-clube sendo goleado por 4 a 1. Muniquenses e hanseáticos também disputariam o título da Bundes, com os vermelhos
se saindo melhor, campeões com vantagem de dez pontos. Klose dessa vez ficou longe da artilharia, obtida por seu colega Luca
Toni.
Em sua primeira temporada, Klose também conquistou a Copa da Alemanha. O único título perdido foi o
da Copa da UEFA (a equipe não se classificara para a Liga dos Campeões na temporada anterior), com a equipe parada nas semifinais
para os futuros campeões do Zenit São Petersburgo.
Se a primeira temporada no Bayern foi praticamante perfeita, a segunda já foi um pouco diferente, com
o clube mais forte da Alemanha não conquistando títulos: no campeonato alemão, perdeu a taça por dois pontos de diferença
para o surpreendente Wolfsburg; o time caiu na Copa da Alemanha ainda nas quartas-de-final, frente ao Bayer Leverkusen; Igualmente
nas quartas foi eliminado na Liga dos Campeões, contra o eventual campeão Barcelona.
Estreou pela equipe principal da Alemanha no dia 24 de Março de 2001, marcando o gol da vitória contra a
Albânia. Völler convocou-o para a seleção na Copa do Mundo de 2002 em parte devido à crise gravíssima do futebol alemão; a
outra, por ter ficado a dois gols da artilharia da Bundes.
Na Coreia do Sul e no Japão, Klose deu-se a conhecer ao grande público, alcançando a Bola de Prata
como segundo melhor marcador da Copa. Marcou cinco vezes, todas na primeira fase do mundial: três na estreia, na goleada de
8 a 0 sobre a Arábia Saudita; um no empate em 1 a 1 contra a Irlanda, e outro na vitória por 2 a 0 sobre Camarões
que garantiu a classificação alemã contra um adversário direto.
Após ofuscar os grandalhões Oliver Bierhoff (1,91 m) e Carsten Jancker (1,93 m) como comandante da
"força aérea" da Nationalelf, o não tão alto Klose (que tem 1,81 m) acabou tendo seu rendimento no decorrer do torneio
atrapalhado por uma lesão, não marcando mais. Na final, acabaria substituído pelo próprio Bierhoff durante a partida.
Devido ao fato de todos os seus gols terem sido marcados de cabeça e por ter se ofuscado nas partidas
finais, muitos continuavam a duvidar da sua qualidade com a bola nos pés, demorando inclusive para sair do pequeno Kaiserslautern.
Foi à Eurocopa 2004 com o voto de confiança de Völler, que o lançara na Seleção. A Mannschaft, entretanto, naufragou
ainda na primeira fase do torneio. Passou o ano todo de 2005 sem marcar pela Seleção, não indo à Copa das Confederações do
ano por uma lesão.
Tudo isso contribuiu para a falta de confiança sobre ele na Copa do Mundo de 2006, à qual foi muito
por conta de sua grande temporada no Werder Bremen, em que fora artilheiro do campeonato alemão. A resposta deu-se na estreia,
contra a Costa Rica, ocorrida curiosamente no dia de seu aniversário: Klose marcou dois gols, um com cada pé. A partida seguinte
seria contra seu país-natal, a Polônia, não marcando na vitória por 1 a 0 que classificou os alemães e eliminou os poloneses.
Voltou a estufar as redes, novamente duas vezes, na terceira partida da fase de grupos, contra o Equador, um em chute cruzado
e outro em penetração com um drible no goleiro.
Nas oitavas-de-final, contra a Suécia, novamente não marcou, nem por isso deixando de ser decisivo:
deu passe para os dois gols de seu colega de ataque Lukas Podolski, curiosamente, polonês como ele - ambos inclusive
desenvolveriam o costume conversar em polonês nas partidas. Nas quartas-de-final, Klose voltou a usar a cabeça, empatando
dramaticamente a partida em 1 a 1 contra a Argentina a dez minutos do final. Seria seu último tento na Copa, o suficiente
para deixá-lo na artilharia isolada.
Na Eurocopa 2008, voltou a enfrentar, vencer e eliminar na segunda partida a Polônia, novamente não
marcando contra ela. Na verdade, só foi marcar gols na segunda fase do torneio, nas vitórias por 3 a 2 sobre Portugal
(nas quartas) e Turquia (nas semifinais). Em sua segunda final pela Alemanha, novamente passou em branco e viu do banco sua
equipe perder, sendo substituído dessa vez por Mario Gómez.